BTB 2

Esta segunda edição do jogo ficou marcada pelas diversas novidades em seu formato, mais desvinculado nominalmente do Big Brother Brasil (o paredão, por exemplo, passou a se chamar “estilingue”, e o todos os termos passaram a ter alguma associação com aves e gaiola). Novidades como a divisão dos 20 participantes em 5 grupos (beija-flor, canário, pavão, papagaio e tucano), e o “urubu” (uma adaptação do Big Fone, do BBB), além da inesperada ajuda do Boninho, diretor do reality global, que premiou o grande vencedor com um roupão e colar do líder, originais. Mas o que deu o que falar mesmo foram as discussões acaloradas em torno de temas complicados como homofobia e pseudo-estrelismo. Lucas “Celebridade”, conhecido no twitter pela excentricidade, foi o primeiro a deixar a gaiola, apesar de ser, como ele mesmo se entitulava, um clamor. Lucas El’ Losta, que saiu na capa da revista Veja numa matéria sobre jovens homossexuais, virou alvo de chacota (Cics era seu principal opositor) ao citar, a cada vez que ia para o estilingue (o equivalente ao paredão), que seu fã-clube o ajudaria a permanecer no jogo (sem sucesso, foi eliminado na terceira semana).

​

Bárbara, a transex carioca que retornou ao jogo na 4ª edição, causou certo desconforto, especialmente em Fernanda, que teimava em tratá-la no masculino. Durante essa sua estadia na gaiola ela chegou a fazer diversas cirurgias plásticas, e expôs tudo isso em seus vídeos de defesa dos diversos estilingues em que foi colocada. Esse foi um BTB mais “colorido” que o do ano anterior, tendo (além de Lucas El’ Losta) diversos representantes homossexuais, bisexuais, etc, como a finalista Mary e o paulista Eri. O vencedor, porém, foi hétero. Bigato foi para a final com as adversárias, dentro do jogo, Mary e Fe, ambas do grupo oposto ao qual fazia parte (canário) até duas semanas antes do jogo acabar. Tido como caxias e reclamão por alguns da gaiola, ele teve atritos com as cariocas Dani Porradeira e Ludmila, a quem se referia sempre de forma irônica. Seu maior aliado no jogo todo foi o “ursinho” Guilherme e os tucanos Brunno e Marcelinho (com esse último, aliás, comandava uma rádio via web, durante o confinamento virtual, onde comentava o jogo e atendia pedidos de música).

​

Pressionada pelas constantes acusações de fraude nas votações via enquete, que teriam eliminado Brunno e Gui de forma ilegítima, a equipe do jogo optou por fazer com que, na final, os votos viessem por outros meios, e não só via enquete, sendo o meio com maior “peso” na somatória final, os votos enviados via vídeo. O eletricista Bigato conseguiu acumular mais de 300 vídeos a seu favor, e ganhou a competição com certa folga, seguido pela artista plástica Mary e pela policial militar Fernanda.